quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cadê sua toalha?


Eis o autor do Guia do Blogueiro das Galáxias, com sua toalha e sua cópia do Guia do Mochileiro das Galáxias.
Eis o que o Guia do Blogueiro das Galáxias diz sobre seu editor: Praticamente perdedor.

Cadê a sua toalha? Está com ela ao alcance? Afinal, hoje é o dia dela, Dia da Toalha! A mídia, querendo popularizar a data, está dizendo por aí que é Dia do Orgulho Nerd, até porque hoje também completa 34 anos que estreou o primeiro Star Wars. Mas, como Azaghal, no Nerdcast 209 - Douglas Adams, a Vida, o Universo e Tudo Mais, diz muito bem:

Mas olha só,o Dia do Orgulho Gay é o dia pra que? Pra quem é gay mostrar que tem orgulho daquilo. Então se você é pra ter orgulho de ser gay, você tem que ser gay,certo? Não dá pra ter orgulho de ser gay sem ser gay. Pra você ter orgulho de ser nerd, você tem ser nerd, certo? E pra ser nerd você tem que saber que 25 de maio é o Dia da Toalha e não o Dia do Orgulho Nerd.

Então aprenda, pequeno nerd, (como só fui aprender ano passado, antes que venham me acusar de dizer que vocês são nerds de segunda) hoje pode até ser o Dia do Orgulho Nerd, mas acima de tudo, é Dia da Toalha! Mas, de onde surgiu essa maluquice?
Segundo a Wikipedia, uma versão menor do Guia do Mochileiro das Galáxias, popular na região mais brega da Borda Ocidental da Galáxia, e segundo o Nerdcast (uma versão mais confiável), os fãs da obra de Douglas Adams queriam homenageá-lo após sua morte, em 2001. Mas não queriam homenageá-lo de uma forma triste, como costuma acontecer. Queriam celebrar sua obra e sua influência em suas vidas, em seus universos e tudo mais. Decidiram, então, criar o Dia da Toalha numa data aleatória, duas semanas depois da morte do escritor. Coincidentemente (ou não), a data caiu justamente no aniversário do lançamento de Star Wars, outro ícone do mundo nerd! (Gerador de Improbabilidade Infinita?) Daí o pulo de Dia da Toalha para Dia do Orgulho Nerd, estabelecido em 2006.
Mochileiros (e blogueiros) da Galáxia, comemoremos esse dia! Vamos pegar nossas toalhas e sair pelas ruas, mostrando ao mundo quem é fã mesmo dessa obra prima da literatura interplanetária!

Até mais e obrigado pelos comentários!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Viagens acima da velocidade da luz

Eis o que o Guia do Mochileiro das Galáxias diz sobre viajar acima da velocidade da luz:

A história das viagens acima da velocidade da luz é ao mesmo tempo emocionante e trágica. Durante milhares de milênios, aceitou-se como verdade a retrógrada Teoria da Relatividade (ainda muito aceita nos planetas primitivos da região mais brega da Borda Ocidental da Galáxia). A Teoria dizia que viajar acima da velocidade da luz era impossível, por uma série de empecilhos. O primeiro se deve ao fato, para esses teóricos, de os corpos ganharem uma massa infinita ao alcançarem tal velocidade. Já que eles têm massa infinita, precisam de uma energia infinita para se moverem. Consequentemente, para alcançar uma velocidade maior que a da luz, os corpos, que teriam massas maiores que o infinito, precisariam de uma energia maior que o infinito para se moverem. Claro, quem diz isso são os cientistas de mentalidade retrógrada desses planetas primitivos.

O segundo problema de se viajar a tais velocidades, segundo a Teoria da Relatividade é a questão do tempo. Isso porque, dizem os mesmos cientistas retrógrados dos mesmos planetas primitivos, quão mais rápido você viaja, mais lentamente o tempo passa dentro de sua nave. Por exemplo, caso você saia de seu planeta e viaje para a estrela mais próxima à velocidade da luz, quando você voltar para casa, oito anos mais velho, as pessoas terão envelhecido muito mais. O que é algo bom, caso você esteja devendo dinheiro para alguém e essa pessoa desenvolva Alzheimer devido a idade avançada! Esse fenômeno foi observado quando colocaram relógios muito potentes dentro de aeronaves e ficaram rodando com elas por aí e ao pousarem novamente, perceberem que os relógios que estiveram em movimento estavam nadésimos de segundos atrasados em relação aos que ficaram parados. O que ninguém levou em consideração é que as vibrações da aeronave interferiram mais na marcação que sua velocidade em si. Segundo a mesma teoria, caso você conseguisse reunir uma energia maior que o infinito para transportar sua massa mais que infinita até a estrela mais próxima, quando você chegasse em seu destino, as pessoas não teriam envelhecido. Muito pelo contrário, dependendo da distância, elas sequer teriam nascido! Isso porque o tempo que pararia na velocidade da luz, retrocederia em velocidades ainda mais altas.

Um observador mais desatento diria que os cientistas são tão retrógrados e, consequentemente, suas civilizações são tão primitivas porque eles são idiotas. Isso não é uma verdade absoluta. O mais correto é dizer que os cientistas são tão retrógrados e as civilizações são tão primitivas porque eles são medrosos com uma mentalidade idiota. Em outras palavras, as pessoas dessas civilizações vivem tão enclausuradas em suas crenças e verdades absolutas que têm medo de tentar o que acreditam ser impossível. É justamente esse tipo de civilização que acredita, por exemplo, que namoros à distância são impossíveis. E é aí que entra a parte emocionante e trágica do desenvolvimento das viagens mais rápidas que a luz.

Jkervi’la Frun era um jovem sonhador de Triangula 5, pequeno planeta no sistema Trinagula. Quando tinha uns 40 anos (um adolescente em sua espécie), conheceu Ghikazleva Kriplastra, uma linda moça que vivia no sistema Frogrolina, a apenas um ano luz da estrela em que Jkevi’la vivia. A moça havia viakado a Triangula 5 com seus pais para passar longas férias de quatro anos no planeta. Na verdade, a viagem durou oito anos, já que as naves, que viajavam à metade da velocidade da luz (sem aumentar de massa e deixando os teóricos da relatividade com cara de idiotas) passaram dois anos indo e mais dois voltando para Frogrolina. Independentemente do tempo que a viagem levou, nos quatro anos em que estiveram juntos, Jkervi’la e Ghikazleva se conheceram e se apaixonaram, começando um namoro desaprovado por seus pais e por suas comunidades. Isso porque viviam em planetas primitivos, distantes e com sociedades retrógradas, que achavam que manter um relacionamento à distância era uma perda de tempo. O relacionamento foi colocado a prova quando as férias terminaram e a moça teve de voltar a seu planeta. Após discutir relação por quase 20 anos, uma vez que as mensagens demoravam um ano para chegar em seu destino (antes do desenvolvimento da Rede Subeta), Ghilkazleva decidiu terminar o namoro com Jkervi’la. O rapaz, perdidamente apaixonado pela moça, se revoltou contra o pensamento das sociedades (e consequentemente dela) de que distâncias são insuperáveis e, especialmente, de que as coisas são impossíveis e isso transformou sua vida, e a história das viagens interestelares.

Inconformado com o fim do namoro, Jkervi’la decidiu que dedicaria sua vida a provar ao Universo que nada é impossível. Começou com coisas pequenas, como derrubar a torrada da mesa com a manteiga para cima, espirrar com olhos abertos ou conseguir cancelar o cartão de crédito. Mas, à medida que os anos iam passando, os desafios aumentavam até chegar ao grande desafio de sua vida: viajar mais rápido que a luz. Isso, é claro para as pessoas retrógradas de seu planeta primitivo, era impossível. Em suas primeiras tentativas de conseguir alcançar tal velocidade, Jkervi’la falhou pateticamente, ficando com cara de idiota na frente das pessoas de seu planeta que riam histericamente. Então, após muito quebrar a cabeça (às vezes, literalmente) o rapaz conseguiu viajar mais rápido que a luz, chegando em Frogrolina em menos de 3 meses. É claro, o rapaz riu histericamente enquanto a população de seu planeta olhava com cara de idiota para a nave se distanciando a uma velocidade indescritível. Ghilkazleva, como as fêmeas de todas as espécies conhecidas no universo, achou o fato de Jkervi’la quebrar as leis da Física para poder ficar com ela uma prova de submissão e de que o rapaz estaria sempre a disposição dela, quando ela bem quisesse. Portanto, ele não valia a pena.

 Jkervi’la morreu prematuramente aos 186 anos, quando tentou provar que era possível dividir um número por 0 e acabou provocando um buraco negro que sugou metade da lua onde ele trabalhava. Ironicamente, Ghikazleva acabou se casando com um rapaz que vivia no planeta de Jkervi’la, 40 anos após sua morte. Isso porque, além de os motores cada mais rápidos que a luz terem tornado a viagem entre os dois planetas extremamente curta, o marido de Ghikazleva não estava nem um pouco disposto a inventar nada, ou se mover sequer um centímetro na direção de Frogrolina, para ficar com ela, a deixando louca de desejo.

Dessa história, tiramos quatro lições importantíssimas sobre a vida: A primeira é que o sexo move o universo (ou te move pelo universo). A segunda é que namorar pessoas que vivem em outras cidades, estados, países ou sistemas solares é perfeitamente possível. A terceira é um complemento da segunda, já que nada é impossível. E a quarta, e mais importante, é que mulheres não gostam de homens que fazem de tudo para ficar com elas.